Os conflitos nas redes sociais são o retrato do que se quer destruir ou construir dentro do contexto social. Temos a transparência da vontade, da apelação e da controvérsia.
Há um desejo gritante por melhora, por reconstrução de valores, prioridades e conceitos, e isso não garante que essa caminhada se transforme em uma nova realidade menos produtiva. Avançamos nos processos, nas ideologias, nas certezas, nos meios, nas experiências.
O tempo avançou, algumas situações já não cabem mais.
Porém, dar uma roupagem repleta de inversão à esta direção, parece o grande desafio de boa parte de nossa grande mídia nacional.
Estamos distante de notícias que acrescentem informação relevante ou reflexão necessária à qualidade de vida que o país precisa, e precisamos de muitas coisas em função de muitas perdas.
A imparcialidade, regra básica, parece que foi esquecida pelo caminho, as manchetes são tão dúbias que mais do que nunca é preciso abrir a matéria e ler o conteúdo por inteiro, pois exatamente aí está o pulo do gato do oportunismo.
As pessoas já não tem tempo para clicar e ler textos na sua totalidade, as pessoas estão condicionadas ao resumo da matéria na manchete, e a mesma já deixou de exercer a importância de seu papel, a chamada.
Independente dos prejuízos que a fake news promove, e isso é indiscutível, muitas vezes ela chega sorrateira nos processos de informação, afinal quando a chamada não transparece a verdade da informação ela se torna uma notícia falsa.
A notícia é a grande máquina que tem o poder de construir ou destruir uma situação, mais do que nunca, agora, ela se enraíza nessa responsabilidade. As redes sociais ganham velocidade, e hoje é a maior referência de informação.
Um anônimo vira a mesa com uma frase curta de efeito. Viralizou, essa é a função que se aspira.
Acredito no poder do teclado, como do papel impresso, informação aumenta o nível de conhecimento, precisamos querer um conhecimento sólido, construtivo e comum ao bem de todos. Que tenhamos atenção à notícia e deixemos de ser, o que o outro deseja para nós, antes que façamos essa pergunta a nós em primeiro lugar.
Texto escrito pela voluntária Denise Lopes