O presidente francês anunciou aumento de 100 euros no salário mínimo e fim de impostos sobre horas extras para tentar apaziguar ânimos dos “coletes amarelos”.
Emmanuel Macron anunciou uma série de medidas econômicas
nesta segunda-feira (10) em resposta ao movimento dos “coletes amarelos”, que há quatro semanas realiza manifestações no país contra as políticas econômicas do governo.
Além do aumento no salário mínimo, o presidente da França anunciou outras medidas que custarão ao contribuinte cerca de 8 a 10 bilhões, segundo “O Antagonista“.
Adversários do presidente criticaram o discurso de Macron e as medidas anunciadas.
Marine Le Pen, a política rotulada como extrema-direita, escreveu em sua conta no Twitter:
Macron renunciou a uma parte dos seus erros fiscais, tanto melhor, mas ele se recusa a admitir que o modelo do qual é um defensor ferrenho é que esta sendo contestado. É o modelo da globalização selvagem, da concorrência desleal e da imigração em massa e suas consequências sociais e culturais.
Outro adversário de Macron nas últimas eleições, o líder de extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon, disse em vídeo:
Macron pensou que uma distribuição de trocados poderia acalmar uma insurreição cidadã. Uma fatia considerável da população não é contemplada por nenhuma das medidas anunciadas pelo presidente. Notadamente os que mais precisam, como os desempregados.
Após o anúncio, o presidente da CGT, uma das principais confederações sindicais da França, Philippe Martinez, disse que as medidas são insuficientes e conclamou uma mobilização na próxima sexta-feira em apoio aos coletes amarelos, registrou o portal “Terra“.