Os seres humanos lutam contra a insônia há pelo menos dois milênios.
Todo mundo já teve complicações para dormir. O problema é quando a insônia se transforma numa questão crônica — e isto tem ocorrido com cada vez mais pessoas.
Até os dias atuais, a indústria farmacêutica não conseguiu criar um remédio para dormir que seja realmente seguro e eficaz — mas ela continua tentando.
A sua criação mais recente é o lemborexant, aprovado pela Anvisa dos Estados Unidos em dezembro de 2019.
O remédio é considerado viciante, por isso a sua comercialização é fiscalizada pela mesma agência que combate o narcotráfico em território norte-americano.

Remédios para dormir são de alto risco
Entre 2011 e 2018, as vendas de zolpidem, um dos remédios mais usados para tratar a insônia, cresceram incríveis 560% no Brasil.
Em 2019, nosso país consumiu 56,6 milhões de caixas de calmantes e soníferos, segundo dados da Anvisa.
O stress causado pela pandemia de coronavírus parece ter agravado ainda mais o fenômeno.
Entre março e abril de 2020, as vendas de clonazepam — o famoso Rivotril — cresceram 22% sobre o mesmo período do ano anterior.
Os dados acima foram divulgados pela SuperInteressante. A revista acrescentou que estes “medicamentos têm riscos consideráveis”:
“O uso contínuo de benzodiazepínicos, como o clonazepam, pode causar dependência – e obrigar a pessoa a utilizar doses cada vez mais altas para obter o mesmo efeito. Se tomados em grande quantidade, e misturados com álcool, eles podem matar por parada respiratória (mesmo risco dos barbitúricos, um tipo mais antigo de sonífero).”
Ainda de acordo com a revista:
“Já as chamadas ‘drogas z’, como o zolpidem, não apresentam esse risco, mas também viciam. E têm efeitos colaterais insólitos: podem provocar alucinações e desencadear parassonias, um tipo extremo de sonambulismo.”
Portanto, se você faz parte deste grupo de pessoas que enfrenta dificuldades para dormir, seria interessante deixar os remédios de lado e tentar novos métodos.
Em muitos casos, uma simples mudança de hábitos já resolve. Procure melhorar a sua alimentação, fazer exercícios, evitar o uso do celular antes de dormir…
