Como resultado do colapso gerado pela ditadura Maduro, 3 milhões de pessoas – quase 10% da população da Venezuela – deixaram o que já foi o país mais rico da América do Sul.
Ao longo desta crise, há algo que as manchetes não conseguem transmitir adequadamente: uma geração inteira de crianças está enfrentando traumas graves.
Uma das tragédias do êxodo venezuelano é que o número de pais separados dos filhos é cinco vezes maior do que na maioria das situações de refugiados, registra a Gazeta do Povo.
Enquanto as crianças que ficam na Venezuela sofrem com a falta de produtos básicos e a saudade dos pais, as que fugiram para a Colômbia estão passando por múltiplos traumas.
As crianças refugiadas passam fome e sofrem com o medo. Elas estão frequentemente doentes e desnutridas. Muitas foram separadas de suas famílias e perderam meses ou anos de escola.
Apesar das políticas generosas da Colômbia, cerca de metade das crianças venezuelanas que vivem no país não está na escola.
O país do presidente Ivan Duque simplesmente não consegue lidar com os grandes números de pessoas que atravessam a fronteira diariamente.
Os professores precisam de recursos adicionais para integrar tantos novos alunos, e os pais que têm a sorte de encontrar uma sala de aula para seus filhos não podem pagar por uniformes, suprimentos e transporte.