Os pesquisadores brasileiros responsáveis por analisar a múmia Iret-Neferet, do Egito, conseguiram extrair células intactas na mandíbula do corpo, que tem 2,5 mil anos.
Iret-Neferet é uma das duas únicas múmias egípcias restantes no Brasil e chegou por aqui na década de 1950.
No entanto, a múmia só começou a ser estudada em 2017, de acordo com os especialistas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Os cientistas analisaram amostras de tecido presentes nos restos mortais da múmia, o que permitiu a observação das células de tecidos conjuntivo e ósseo e até hemácias intactas.
Para os pesquisadores brasileiros, a descoberta foi surpreendente e prova a sofisticação do método utilizado no Antigo Egito para mumificar corpos.
Em entrevista à revista Galileu, Éder Hüttner, cirurgião bucamaxilofacial que liderou a pesquisa, afirmou:
“A técnica de mumificação dos tecidos e a manutenção da morfologia das células, intactas por quase 2,5 mil anos, nos permitirá realizar novos estudos, dessa vez com o DNA celular.”
E acrescentou:
“A partir do material genético poderemos obter mais informações sobre doenças e características de Iret-Neferet, como sua etnia.”
