Capa: Pilar Olivares/Reuters
A Polícia Federal (PF) entrou no caso dos e-mails atribuídos à ex-presidente Dilma Rousseff, por meio dos quais ela teria alertado o casal João Santana e Mônica Moura sobre os avanços da Lava-Jato, quando ainda era presidente.
O juiz federal Ricardo Soares Leite, que atua na 10ª Vara Federal em Brasília, determinou o encaminhamento do caso à PF, o que pode levar a um aprofundamento das investigações sobre a atuação da petista no episódio.
O Ministério Público Federal (MPF) com atuação no DF pediu arquivamento da parte da denúncia referente aos e-mails e uma cópia do processo para a abertura de um novo procedimento, de forma que a investigação fosse refeita, diante de uma alegada falta de provas. A Justiça decidiu incluir a PF na história, compartilhando a investigação entre PF e MPF.
Janot denunciou Dilma em 6 de setembro de 2017, menos de duas semanas antes de deixar o cargo de procurador-geral da República. Na acusação, ele enquadrou a petista no crime de obstrução de investigação que envolve organização criminosa, combinado com o concurso material de crimes (“três vezes”), previsto no Código Penal. O caso dos e-mails foi utilizado como parte das provas na denúncia.
Remetido à primeira instância, cabe ao MPF reiterar a acusação ou pedir o arquivamento. O procurador da República Ivan Marx enxergou a necessidade de as investigações prosseguirem, mesmo com a denúncia já tendo sido apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR). O juiz Ricardo Leite decidiu incluir a PF no processo, de forma que os policiais federais também opinem sobre ampliar ou não a investigação.
Com informações de: [OGlobo]