O superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, delegado Rodrigo Teixeira, rebateu nesta quara-feira (27) críticas do presidenciável Jair Bolsonaro sobre a condução das investigações do atentado.
O delegado negou que o responsável pela investigação seja ligado ao PT e disse que a Polícia Federal não “privilegia ninguém”.
Em entrevista à rádio Jovem Pan na segunda-feira (24), Jair Bolsonaro afirmou ter sido vítima de atentado político e sugeriu que a PF agia para “abafar” o caso.
Jair Bolsonaro (PSL) declarou:
"Entendo que foi algo planejado. Foi político, não há a menor dúvida. […] Ele deu uma facada e rodou. Para matar mesmo. O cara sabia o que estava fazendo." https://t.co/EHSJLoEtDx
— RENOVA (@RenovaMidia) September 25, 2018
O superintendente da PF, Rodrigo Teixeira, afirmou:
O inquérito vem sendo conduzido de forma isenta, como sempre é feito pela Polícia Federal. Neste caso, foi aberto à família da vítima e à própria vítima para que pudesse acompanhar o procedimento. O doutor Rodrigo está se empenhando ao máximo.
O superintendente também confirmou que o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Morais, trabalhou no governo de Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais, mas negou que o colega tenha relações com o partido.
A declaração foi uma resposta a uma afirmação do filho do presidenciável, Flávio Bolsonaro, que em entrevista disse que a PF havia colocado “um delegado que foi assessor do PT para encabeçar o inquérito”.
Flavio Bolsonaro voltou a pedir que a PF substitua Rodrigo Morais para “colocar um delegado não que seja eleitor de Bolsonaro, mas um delegado isento. Que não vai inventar provas e nem vai deixar de ir atrás de provas”.https://t.co/fKBH7HnkCd
— RENOVA (@RenovaMidia) September 27, 2018
Bolsonaro foi esfaqueado no abdome quando fazia campanha na região da Praça Halfeld, no Centro de Juiz de Fora. Ele se recupera no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
O esfaqueador, Adelio Bispo de Oliveira, está preso em penitenciária federal no Mato Grosso do Sul.
Adaptado da fonte Estadão