Aras fez uma série de pedidos ao STF no caso envolvendo a denúncia de Moro contra Bolsonaro.
Augusto Aras, procurador-geral da República, pediu, nesta segunda-feira (4), que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize novas diligências no inquérito que apura as denúncias do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, contra o presidente da República, Jair Bolsonaro.
As medidas serão analisadas pelo ministro Celso de Mello, relator do caso no STF.
Caberá a ele autorizar os depoimentos e enviar as medidas para cumprimento na Polícia Federal (PF).
Os pedidos de Aras se concentram em quatro frentes:
- depoimentos de pessoas citadas por Moro na denúncia;
- recuperação de áudio ou vídeo;
- verificação das assinaturas do ato de exoneração do ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo,
- perícia nas informações obtidas a partir do celular de Moro.
Aras solicita que a PF tome depoimentos de 10 pessoas citadas na denúncia.
De acordo com o chefe da PGR, essas pessoas devem ser ouvidas sobre:
“Eventual patrocínio, direto ou indireto, de interesses privados do Presidente da República perante o Departamento de Polícia Federal, visando ao provimento de cargos em comissão e a exoneração de seus ocupantes.”
Em depoimento prestado à PF no último sábado (2), como noticiou a RENOVA, o ex-ministro Moro afirmou que o presidente Bolsonaro ameaçou demiti-lo em uma reunião do conselho de ministros do governo federal.
A reunião teria ocorrido em 22 de abril e foi gravada em vídeo pela própria Presidência da República. Moro pediu demissão dois dias depois.