A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição da denúncia contra o deputado Arthur Lira (PP-AL), um dos líderes do Centrão na Câmara dos Deputados, em caso da operação “Lava Jato”.
A decisão da PGR acontece quase quatro meses depois de ter apresentado a acusação criminal contra o parlamentar.
Em junho, Lira tinha sido denunciado pela PGR por supostamente receber quase R$ 1,6 milhão em propina para garantir que o PP mantivesse o apoio do então diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Entretanto, em nova manifestação encaminhada ao STF, na última segunda-feira (28), a PGR reviu sua posição anterior após uma manifestação de Lira que havia sustentado que a denúncia tinha sido baseada somente na palavra de um delator premiado, o que é proibido pela legislação.
A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, alegou ter havido “contradição” entre as narrativas de delatores em relação aos valores ilícitos supostamente pagos pela empreiteira ao deputado, destaca a agência Reuters.
O parlamentar, que é réu em outro processo da Lava Jato no STF, é um dos cotados para suceder Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Câmara.