Cerca de 200 agentes antidistúrbios foram retirados da Polícia Nacional da Nicarágua após se negarem a reprimir um protesto contra o presidente esquerdista Daniel Ortega.
A informação é da ONG Comissão Permanente Nacional de Direitos Humanos (CPDH).
Esses agentes são a força policial mais usadas pelo governo em operações que as organizações humanitárias consideram como “repressivos” desde o início das crise política em abril, que já deixou pelo menos 128 mortos no país.
Segundo a CPDH, além dos agentes, outros 60 oficiais renunciaram aos cargos, um deles um policial que teve o filho morto por um colega de trabalho em uma operação para reprimir um protesto.
De acordo com informações do BOL:
Como resultado da saída dos agentes, a Polícia Nacional está utilizando profissionais que acabaram de sair do treinamento, quase sem preparação, indicou a ONG.
A Nicarágua completa hoje 50 dias de uma crise que deixou pelo menos 127 mortos e mais de mil feridos, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Hoje, em um protesto na cidade de Masaya, um homem, de 33 anos, morreu após ser baleado pela polícia, informaram os manifestantes, elevando o número de vítimas para 128.