Tabaré Vázquez ordenou prisão por 30 dias por considerar críticas de general à reforma das Forças Armadas um ‘ato político’ .
O presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, ordenou nesta quinta-feira (13) a prisão por 30 dias do comandante do Exército, Guido Manini Ríos, por “repetidas falhas disciplinares”, disse o Ministério da Defesa.
Um presidente civil ordenar a prisão de um militar é um fato inédito no país.
O líder do Uruguai declarou:
Eu sou o comandante das Forças Armadas e, se deve haver disciplina e verticalidade, temos de começar com o número 1.
O governo uruguaio não especificou quais foram as “falhas disciplinares”, mas a imprensa do país diz que a sanção surgiu como resultado de repetidas manifestações públicas de Manini Ríos expressando sua posição contrária à reforma do fundo de pensões militares apresentada pelo governo de Tabaré Vázquez e aprovada há algumas semanas no Senado.
O ministro da Defesa do Uruguai, Jorge Menéndez, afirmou que Manini Ríos foi punido de acordo com determinação da Constituição, “que não permite nem ao presidente da república nem aos militares exercer qualquer tipo de atividade política no cargo”, disse Menéndez.
Coincidentemente, dias atrás, o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse que teria mandado prender o Comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Boâs, por declarações envolvendo Lula e o processo eleitoral.
O candidato Ciro Gomes (PDT) disse que a última declaração do general Villas Bôas foi uma tentativa de “acalmar cadelas no cio que, embaixo dele, estão se animando”.https://t.co/cjp5VzsfPW
— RENOVA (@RenovaMidia) September 13, 2018
Adaptado da fonte Estadão