População continua sofrendo intensa repressão nas ruas da Nicarágua após o governo esquerdista de Daniel Ortega denunciar tentativa de golpe de Estado e abandonar a mesa de negociações.
Os protestos contra o governo esquerdista de Daniel Ortega começaram em 18 de abril, quando os estudantes se opuseram a uma reforma do sistema de pensões, mas se espalhou a outros setores após a repressão que deixa 76 mortos, 868 feridos e 438 presos.
Pelo menos 76 pessoas já foram mortas na repressão do governo da #Nicarágua contra manifestantes pedindo renúncia do presidente esquerdista Daniel Ortega.https://t.co/eD0NmU8Wuo
— RENOVA (@RenovaMidia) May 23, 2018
As conversas entre o governo e a oposição entraram na quarta-feira (23) em um impasse, depois que a mediação dos bispos católicos não conseguiu aproximar posições para avançar na discussão, centrada na proposta de antecipar as eleições para encurtar o mandato do presidente Daniel Ortega.
Seguindo o padrão da esquerda da América Latina, o governo da #Nicarágua denuncia tentativa de golpe de Estado após reatamento da mesa de diálogo nacional.https://t.co/2PCD71loV0
— RENOVA (@RenovaMidia) May 24, 2018
De acordo com informações da Isto É:
Após a suspensão do diálogo houve ataques de grupos afins a Ortega nas cidades de León, Chinandega, Juigalpa e Nueva Segovia.
Na quarta-feira à noite, em León, foram registrados incidentes violentos que deixaram ao menos dois mortos e 54 feridos, 10 deles gravemente, por disparos de armas de fogo, pedras, morteiros artesanais e golpes, disseram familiares e a Cruz Vermelha.
Um dos falecidos, Manuel Chévez, foi atingido por disparo de fuzil, segundo sua tia Justa Ramírez.
A outra vítima foi identificada como Luis Díaz, integrante do grupo de seguidores do governo, que teria sido atingido por um morteiro artesanal, disse o diretor da Cruz Vermelha de León, Marcio Ocón.
Centenas de estudantes e habitantes saíram na madrugada de quinta-feira para marchar na movimentada estrada para Masaya agitando bandeiras e pedindo a renúncia de Ortega e de sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo. Mobilizações também havia em outras cidades do interior.