O documento do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que indicou uma movimentação financeira atípica do ex-assessor do deputado estadual Flavio Bolsonaro tem sido o assunto mais abordado pela imprensa brasileira nos últimos dias.
Fabrício Queiroz, que também atuou como motorista do filho do presidente eleito, movimentou mais de R$ 1 milhão em apenas um ano.
Segundo informações do “G1“, ele também recebia transferências de outros ex-assessores de Flavio Bolsonaro e sacava em espécie no caixa da própria Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no dia que o salário caía.
Os críticos do futuro presidente partiram para o ataque após o documento da Coaf ser publicado pelo jornal “Estadão“. Eles apontaram o dedo contra a suposta falta de moral de Jair Bolsonaro, embora a própria Coaf não tenha ligado a movimentação do ex-assessor de Flávio a atos ilícitos.
Porém, conforme noticiou o “R7“, o relatório do Coaf não cita só assessores do gabinete do filho do presidente eleito. Pelo contrário, o documento registra movimentações muito maiores de deputados de outros partidos.
Assessores de parlamentares de partidos como PT, PSC e PSOL são citados no relatório. Entre os nomes citados, aparecem auxiliares de Márcio Pacheco (PSC), Eliomar Coelho (PSOL) e André Ceciliano (PT).
Ceciliano é o parlamentar com maior volume de movimentações atípicas, envolvendo quatro auxiliares e somando R$ 49,3 milhões. Em seguida aparece Paulo Ramos (PDT), que teria movimentado R$ 30,3 milhões.
A lista segue com assessores de deputados do PSB, DEM, MDB, PSDB, PHS, SD e até o PSOL, que movimentou R$ 1,7 milhão em um dos gabinetes.
O gabinete de Flavio Bolsonaro aparece na lista na posição 17 em valores movimentados.