A doença, reportada pela primeira vez na China em dezembro, já chegou a outros 27 países.
Especialistas de saúde da China recorrem a medicamentos contra HIV, H1N1 e Ebola para tratar pacientes. Até mesmo a medicina tradicional chinesa vem sendo utilizada pelo regime.
Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto Emílio Ribas, explica a variedade de medicamentos sendo testados contra o coronavírus:
“É um novo vírus. Não há resposta terapêutica e algo tem de ser feito para não perder o doente. Quando vão fazer estudo clínico, pesquisadores comparam grupos que receberam o tratamento e os que não receberam. Essa situação (do coronavírus) é uma operação de guerra e as pessoas são obrigadas a fazer algo com o que têm nas mãos.”
Segundo o jornal Estadão, Celso Granato, professor de Infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e diretor clínico do Grupo Fleury, declarou:
“Quando tem algo marcante e grave, não dá tempo de fazer ensaio clínico para validar uma droga nova, o que dura muitos anos. Nesse caso, faz uso compassivo, dá o medicamento sem saber se faz mais mal do que bem e tem a evidência de que é melhor do que deixar o paciente morrer. Remédios para HIV são usados normalmente e já se conhece o grau de risco. O Tamiflu também é muito seguro.”
Nesta quarta-feira (5), Pequim disse que um remédio para ebola, Remdesivir, será testado em ensaios clínicos contra infectados por coronavírus.
O regime informou ainda que 892 pacientes infectados receberam alta e o tempo de permanência hospitalar variou de 5 a 20 dias.