Um dispositivo de fusão da Coreia do Sul conhecido como “sol artificial” estabeleceu um novo recorde mundial ao conseguir manter um plasma com temperatura iônica superior a 100 milhões de graus Celsius por 20 segundos.
Anunciado no fim de dezembro, o feito é de extrema importância porque é uma das condições essenciais para, no futuro, aperfeiçoar a fusão nuclear controlada.
Para recriar as reações de fusão que ocorrem no Sol, isótopos de hidrogênio devem ser colocados dentro de um dispositivo de fusão como o da Pesquisa Avançada de Tokamak Supercondutor da Coreia (KSTAR).

O aparato sul-coreano é responsável por aquecer e manter íons em altas temperaturas, além de separar íons e elétrons.
O recorde foi possível graças à Barreira de Transporte Interno, um dos modos de operação de plasma de próxima geração.
Em declaração à imprensa, Si-Woo Yoon, diretor do Centro de Pesquisa KSTAR, afirmou:
“As tecnologias necessárias para longas operações de 100 milhões de plasma são a chave para a realização da energia de fusão.”
E acrescentou:
“O sucesso do KSTAR em manter o plasma de alta temperatura por 20 segundos é um ponto de virada importante na corrida por tecnologias para a operação de plasma de alto desempenho, um componente crítico de um reator de fusão nuclear comercial no futuro.”

O problema desses dispositivos é que eles gastam mais energia para manter o plasma do que a que pode ser extraída dele.