Você já ouviu falar sobre The Movement? Conheça um pouco mais sobre a organização direitista que ganha força mundo afora.
Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca do presidente Donald Trump, concedeu uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (6).
Considerado por muitos americanos como um dos principais responsáveis pela vitória de Trump, Bannon passou oito meses ao lado do atual presidente dos Estados Unidos, antes de deixar a Casa Branca para impulsionar o seu grupo O Movimento.
De acordo com a Folha, a organização é “uma rede de partidos e políticos que pregam ideais de direita radical, populistas e nacionalistas”.
Segundo as palavras de Bannon, O Movimento é uma “rede de partidos políticos e líderes” com objetivo de “construir relações e intercambiar ideias”.
O norte-americano diz que o grupo segue fazendo workshops, conferências, encontros, em vários países, principalmente na Europa, que se prepara para eleições do Parlamento da União Europeia.
Durante a conversa com o jornal, o repórter da Folha pediu a Bannon a definição de “populismo”. Em sua resposta, Bannon deixou transparecer os ideais da organização:
“Populismo significa tomar decisão o mais perto das pessoas possível e com a influência das pessoas. Fazer políticas sociais, econômicas ou de segurança nacional, mas sem atender aos interesses da elite.”
Ele acrescentou:
“Nos EUA, na última década, as elites cuidaram de si mesmas às custas das classes trabalhadoras e médias. Populismo é basicamente garantir que a classe média e a classe trabalhadora terão um lugar à mesa.”
Em um certo trecho da entrevista, Bannon também deixou claro que O Movimento não coaduna com a política intervencionista utilizada ao longo dos últimos anos por governos globalistas no Oriente Médio:
“Não somos intervencionistas. Em outras palavras, não achamos que seja papel dos EUA rodar o mundo se metendo na vida das pessoas. Tentamos impingir os ideais cristãos, democráticos, ocidentais nas sociedades.”
Indagado pelo jornalista sobre um possível retorno ao Partido Republicano para a campanha de reeleição de Trump, Bannon foi enfático na negativa:
“Não. Estou trabalhando no Movimento, trabalho com grupos que o apoiam, sou um apoiador. Mas não me vejo mais em campanha e jamais voltaria à Casa Branca.”