Ministro pediu preservação da “integridade do conteúdo da referida gravação”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, deu 72 horas para que a Secretaria-Geral da Presidência encaminhe à Corte a cópia da gravação da reunião em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, teria pressionado abertamente o ex-ministro Sérgio Moro.
Relator do inquérito que apura a denúncia de Moro de interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal (PF), Mello declarou:
“As autoridades destinatárias de tais ofícios deverão preservar a integridade do conteúdo da referida gravação ambiental (com sinais de áudio e vídeo), em ordem a impedir que os elementos nela contidos possam ser alterados, modificados ou até mesmos suprimidos, eis que constitui material probatório.”
Em seu depoimento à PF, no último sábado (2), Moro citou em seu depoimento a cobrança explícita de Bolsonaro, numa reunião com ministros do governo em 22 de abril, para que ele demitisse o diretor da PF e o superintendente do órgão no Rio.
Bolsonaro já havia mencionado anteriormente a possibilidade de divulgar o vídeo para o público nas redes sociais, mas disse ter recebido conselhos para não seguir adiante com a ideia.