O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, nesta terça-feira (2), uma investigação sobre como pedaços de terras indígenas na Amazônia foram colocados à venda no Facebook.
O ministro Luís Roberto Barroso respondeu a uma ação apresentada por ONGs e siglas de oposição que acusam o governo do Brasil de não proteger os povos indígenas do coronavírus.
Em sua decisão, Barroso disse que algumas das áreas anunciadas nos classificados do Facebook pertencem ao povo Uru-Eu-Wau-Wau.
Este povo indígena foi exposto à doença por grileiros e deixado em “situação crítica”, diz o magistrado.
“Oficie-se à Procuradoria Geral da República e ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que apurem os fatos narrados e tomem as medidas cíveis e criminais cabíveis, mantendo este relator informado sobre as providências adotadas”, acrescentou Barroso na decisão.
Uma investigação feita pela BBC no mês passado descobriu dezenas de pedaços de terras na Amazônia, em uma região ocupada por grupos indígenas, anunciados no site. Muitos deles haviam sido desmatados.