“Não dá para chegar e dizer o que é essencial”, diz Mandetta.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, nesta terça-feira (24), que as restrições impostas pelos Estados são “péssimas” para o setor de saúde.
Ao sair do Palácio do Planalto, após conferência com governadores do Centro-Oeste e Sudeste, em Brasília, Mandetta declarou:
“Tem médicos fechando consultórios. Daqui a pouco estou lá cuidando de um vírus, mas cadê o pré-natal? Cadê o cara que está fazendo a quimioterapia?”
E acrescentou:
“Não dá para chegar e dizer o que é essencial. Se precisar de um mecânico para consertar uma ambulância, ele é o mais essencial naquele momento.”
O ministro disse ainda que medidas restritivas não devem atender motivações políticas, como ele tem visto em alguns casos:
“Tenho visto prefeitos com eleições na frente. Teve um que me ligou e falou que já tinha fechado mercearia, borracharia e açougue. Eu perguntei o porquê e ele me disse que o cara da oposição tinha dito na rádio que, se ele não fechasse, estava errado.”