O Fórum da Paz de Paris foi realizado pela primeira vez neste domingo (11), dia de celebração do armistício de 100 anos da Primeira Guerra Mundial.
O evento contou com a presença de dezenas de chefes de Estado e governo com uma notável exceção: o presidente norte-americano Donald Trump.
Trump preferiu, na hora da abertura do Fórum, visitar o cemitério de Suresnes, na periferia de Paris, onde foram enterrados soldados dos Estados Unidos mortos durante a Primeira Guerra Mundial, segundo informações da RFI.
Enquanto a governante alemã, Angela Merkel, abria o Fórum com uma advertência de que o nacionalismo “cego” está ganhando terreno na Europa e além, o presidente Trump prestava homenagem aos “corajosos americanos que deram seu último suspiro”, lutando na guerra que fez mais de 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos apenas entre os combatentes.
A chanceler da Alemanha acrescentou, segundo informações da Reuters:
A maioria dos desafios hoje não pode ser resolvida apenas por uma nação, mas juntos. É por isso que precisamos de uma abordagem comum. Se o isolamento não foi a solução 100 anos atrás, como pode ser hoje em um mundo tão interconectado?
Esta última visita do presidente dos Estados Unidos ao continente europeu foi marcada por uma nítida disputa entre ideologias: nacionalismo x globalismo.
Donald Trump, que defende a política de “primeiro os EUA” e tem dito estar orgulhoso de ser nacionalista, desprezou evento globalista. O Air Force One partiu de Paris para Washington pouco depois do Fórum da paz ter sido aberto.
Donald Trump declarou:
"Um globalista é uma pessoa que quer que o mundo vá bem, francamente sem se importar tanto com seu país. Sabe, não podemos fazer isso. Vocês sabem o que eu sou, sou um nacionalista. Usem esta palavra."https://t.co/rQToGWqrkE
— RENOVA (@RenovaMidia) October 23, 2018