Sebastian Kurz, o chanceler da Áustria, disse recentemente que seu país não tolerará mais a existência de “sociedades paralelas, islamismo político e radicalização”.
Na sexta-feira (8) passada, o governo austríaco anunciou que poderia expulsar até 60 imãs da Turquia e suas famílias, bem como fechar sete mesquitas, em uma repressão ao que foi classificado como “islamismo político”.
O governo direitista da #Áustria anunciou o fechamento de sete mesquitas e a expulsão de ímãs muçulmanos ligados a #Turquia.https://t.co/8BI5E67c08
— RENOVA (@RenovaMidia) June 8, 2018
Em um discurso proferido em Istambul, um dia após, o líder islâmico turco, Recep Tayyip Erdogan, respondeu aos planos políticos da Áustria, criticando as ações anti-islamistas e ameaçando uma guerra religiosa entre o Islã e o Cristianismo.
‘Eles disseram que vão expulsar nossos irmãos da fé da Áustria (…) você acha que não faremos nada em resposta? Quer dizer, teremos que agir’, declarou Erdogan.
O discurso de Erdogan acontece no período que antecede as eleições presidenciais e legislativas de 24 de junho e pode ter sido exagerado com o objetivo de energizar os seus apoiadores, mas as suas palavras não devem ser ignoradas.
Em março de 2017, o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlüt Çavuşoğlu, fez uma previsão durante manifestação pró-Erdogan na cidade de Antalya que “as guerras religiosas acontecerão em breve na Europa”.
Traduzida e adaptada de Voice of Europe