Twitter alega ter suspendido o processo de verificação de contas em 2017, mas segue distribuindo o cobiçado selo azul.
O Twitter derrubou o processo de verificação em 2017 sob a justificativa de que o recurso foi mal interpretado pelo público.
De acordo com a rede social, o sistema deveria servir como um indicativo de que a conta em questão era mantida por pessoas e entidades reais, mas a maioria das pessoas interpretou a verificação como um símbolo de status.
Anteriormente, qualquer usuário poderia solicitar o selo azul desde que atendesse certos quesitos. Agora, a verificação é concedida a determinados perfis de forma misteriosa.
O Twitter prometeu que reativaria o sistema para torná-lo acessível a todos, mas até o presente momento nada foi apresentado.
Na prática, o sistema de verificação foi transformado em um símbolo de status e endosso, já que hoje, só recebe o selo quem a rede social julgar merecedor, sob seus próprios critérios.
Em entrevista ao CNN Business, publicada no dia 28 de fevereiro, um adolescente de 17 anos — cujo nome não foi revelado — afirmou que o processo de verificação do Twitter poderia ser facilmente burlado.
Para provar sua afirmação, ele criou o perfil de Andrew Walz, um suposto político republicano de Rhode Island concorrendo a uma vaga no Congresso.
Alguns meses depois o Twitter concedeu o selo a Walz, mesmo com ele tendo pouco mais de 10 seguidores.
O jovem afirma que não promoveu a conta, já que não era a intenção dele enganar o público e sim, burlar o sistema de verificação do Twitter.
A conta de Andrew Walz só foi cancelada quando a equipe do CNN Business entrou em contato com o Twitter.
“A criação de um candidato falso é uma violação das regras, e a conta foi suspensa permanentemente”, explicou a rede social, segundo o site Meio Bit.