A mineradora Vale tinha conhecimento desde o ano passado de que a barragem de rejeitos em Brumadinho tinha um risco elevado de ruptura.
A informação pode ser confirmada em um documento interno visto pela agência Reuters na segunda-feira (11).
O relatório, datado de 3 de outubro de 2018, mostra que, de acordo com a própria Vale, a barragem da mina Córrego do Feijão, tinha duas vezes mais chance de se romper do que o nível máximo tolerado pela política de segurança da mineradora.
O documento é a primeira evidência de que a própria Vale estava preocupada com a segurança da barragem.
Em nota por e-mail, a Vale disse que “não existe em nenhum relatório, laudo ou estudo conhecido qualquer menção a risco de colapso iminente da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho”.
O colapso da barragem ocorreu em 25 de janeiro e foi a mais mortal tragédia de mineração do Brasil. Até o momento, os corpos de 165 vítimas foram encontrados, outras centenas permanecem desaparecidas.