Antes da tragédia em Brumadinho, a Vale já sabia que um eventual rompimento da barragem destruiria as áreas industriais da mina de Córrego do Feijão, incluindo o restaurante e a sede da unidade, onde estava parte dos mortos e desaparecidos.
A informação é do jornal “Folha de S.Paulo“. Procurada desde segunda-feira (28), a mineradora Vale se recusou a encaminhar o documento, obtido pela reportagem junto a um dos órgãos oficiais encarregados de recebê-lo.
O rompimento da estrutura em Brumadinho na última sexta-feira (25) destruiu até as sirenes que deveriam alertar os empregados da companhia. Também ceifou a vida de responsáveis pela comunicação em caso de ruptura.
Até esta quinta-feira (31), as autoridades contabilizavam 110 mortos e 238 desaparecidos na tragédia. Muitos deles estavam no restaurante da mina, a cerca de um quilômetro da barragem. O rompimento ocorreu na hora do almoço.
Para especialistas, devido à proximidade, os profissionais no local teriam pouca chance de escapar ainda que o alerta sonoro tivesse funcionado.
110 mortes confirmadas e 238 pessoas seguem desaparecidas. Uma semana após rompimento de barragem, equipes de resgate iniciam nova etapa nas buscas.https://t.co/c3Z4I6x64k
— RENOVA (@RenovaMidia) February 1, 2019