Existe a suspeita de que o Papa Pio XII (1939-1958) fechou os olhos ao crimes cometidos pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Os arquivos do Vaticano, que conservam a documentação do Papa Pio XII, serão tornados públicos nesta segunda-feira (2).
A medida pode abrir caminho para o esclarecimento sobre o silêncio do líder da Igreja Católica em relação ao regime nazista de Adolf Hitler.
“A Igreja não tem medo da História. Pelo contrário”, disse o Papa Francisco em março de 2019, quando anunciou o início do processo de abertura da documentação.
85 investigadores já estão inscritos para pesquisar os 16 milhões de documentos pertencentes ao “arquivo secreto”, informa o jornal português Público.
A decisão de abrir os arquivos tem sido celebrada por historiadores e organizações de Israel que teorizam sobre um Sumo Pontífice que se calou perante o fascismo e o nazismo.
Especialistas apontam que a poucos metros da Cidade do Vaticano, no dia 16 de outubro de 1943, soldados nazistas capturaram mais de 1 mil judeus, entre os quais 200 crianças e adolescentes, que poucos dias depois foram enviados para o campo de extermínio de Auschwitz, instalado na Polônia.