Bolsonaro e Aras “criaram uma narrativa, que é nitidamente uma perseguição política”, diz Witzel.
Após ser alvo da operação “Placebo”, da Polícia Federal (PF), a estratégia de defesa de Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, parece estar bem definida.
Witzel voltou a atribuir a operação desta terça-feira (26) contra Bolsonaro durante uma entrevista¹ à emissora CNN Brasil:
“Infelizmente o presidente Bolsonaro começou uma guerra comigo, achando que estou perseguindo os filhos.”
O governador disse que o presidente “conseguiu” a decisão do Superior Tribunal Justiça (STJ), que autorizou busca e apreensão em sua residência e no escritório da mulher, através da atuação do procurador-geral da República, Augusto Aras:
“Conseguiu uma decisão com procuradores da República, junto com o procurador-geral da República, e criaram uma narrativa, que é nitidamente uma perseguição política.”
No entanto, integrantes da cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) defendem o trabalho feito na operação “Placebo” e sustentam que não há elementos que apontem direcionamento nos procedimentos adotados pelo Ministério Público Federal (MPF).
De acordo² com esses integrantes, Augusto Aras não participou da formulação dos pedidos para que a PF cumprisse buscas e apreensões no Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio; no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador; em uma antiga casa de Witzel; e no escritório de advocacia da primeira-dama.
Referências: [1][2]